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A Cidade e Eu
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A Justiça de olhos abertos

NOVOS TEMPOS, novos valores, novos conhecimentos, novos aplicadores da pena surgiram no início do Século vinte e um. O crime cresceu tanto, atormenta tanto a vida das grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, que se não for combatido, com todo o rigor, poderá transformar a vida dos cidadãos num verdadeiro inferno. Os ataques surgem do nada, nas esquinas e nos sinaleiros. Meliantes impiedosos, infelizmente, abordam as vítimas com toda violência, na busca de objetos de valores ridículos. Para eles vale a ação bem sucedida! Se houver reação o cidadão pode ser morto.     A Justiça, às vezes, é ajudada por câmeras de estabelecimentos comerciais que registram as imagens! Será que a Justiça vai continuar de olhos vendados? Não foi para isto que ela foi simbolizada nas estátuas imponentes, de mármore, dos grandes centros comerciais.
“POR NÃO SER necessário ser cego para fazer justiça, minha Justiça enxerga e, com olhos bons e despertos, é justa, prudente e imparcial. Ela vê a impunidade, a pobreza, o choro, o sofrimento, a tortura, os gritos de dor e a desesperança dos necessitados que lhe batem à porta. E conhece, com seus olhos espertos, de onde partem os gritos e as lamúrias, onde mora o desespero. Mas não só vê e conhece. Age. A minha, é uma Justiça que reclama, chora, grita e sofre. Uma Justiça que se emociona. E de seus olhos vertem lágrimas. Não por ser cega, mas pela angústia de não poder ser mais justa.” (Damásio de Jesus).
“Aos gregos interessava conhecer o direito e igualmente o julgar ou executar conforme o direito, por isso era necessária a espada. Aos romanos interessava, sobretudo saber quando há Direito; para esta atividade é que se precisava do jurista, e numa atitude bem firme (segurando a balança com as duas mãos); e para isto não era necessário a espada”. (Sebastião Cruz).
O jurista alemão Rudolf Von Lhering escreveu “A Justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o Direito e na outra a espada de que se serve para defendê-lo. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do Direito”.
EM SUMA, nós queremos, com o máximo de otimismo ficar com a ideia de que a simbolizada Deusa da Justiça permaneça na sua posição bela, imponente e charmosa, com o significado de incorruptibilidade, imparcialidade, sem preconceito e sobretudo neutralidade. Infelizmente ela aparece vendada, cega, mais ao agrado do poder corrompido ou corruptor!
O Ministro da Justiça, SÉRGIO MORO, vai encaminhar ao CONGRESSO NACIONAL seu primeiro pacote de medidas, com uma série de propostas para combater a criminalidade, como por exemplo:

Impedimento de progressão do regime para líderes de facções criminosas;
Cumprimento da pena total para evitar a impunidade;
Condenação em 2ª Instância;
Incentivar o uso da “Legítima defesa” para policiais contra bandidos armados, etc.

Que os legisladores cumpram sua parte, com urgência, votando o pacote para o bem da Nação.

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