A tragédia ocorrida em Minas Gerais também gerou a degradação do Rio Doce e até hoje tem consequências
Imagem: Josilaine Costa
Por: Amanda de Paula Almeida
Em estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicado na revista “Anthropocene”, da Universidade de Quebec, no Canadá, pesquisadores apontaram mudanças na composição e na diversidade de plantas nas áreas impactadas pelo rejeito de minério. Se comparadas a pontos preservados, houve uma redução de até 50% no número de tipos de árvores adultas e de 60% para mudas nas áreas de mata ciliar do Rio Doce.
Os pesquisadores analisaram 30 pontos da mata em 12 municípios e perceberam que o Rio Doce também continua sendo afetado pelos rejeitos. O leito do rio agora é mais raso, então quando a água transborda, o rejeito se espalha novamente por vários lugares, amplificando o impacto: “Toda vez que isso acontece, há um rebobinamento do problema e isso pode levar milênios para não acontecer mais”, explicou o pesquisador Geraldo Fernandes para o G1.
O estudo também aponta a necessidade de investimento em políticas públicas para recuperação ambiental. Além de levar em conta os aspectos sócio-econômicos de como garantir a sustentabilidade das comunidades afetadas pelo rejeito de minério, por exemplo.