Participantes do I Encontro do Núcleo SINANDUBA reunidos na Casa de Cultura. Imagem: Núcleo SINANDUBA
Por: Victória Oliveira
Na quarta-feira (12), na Casa de Cultura de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, aconteceu o I Encontro do Núcleo SINANDUBA, com o tema “Diálogos para construir ações territoriais de inovação e produção de fitomedicamentos e fitoprodutos da biodiversidade local e de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos no SUS”.
O encontro, realizado das 8h30 às 16h, contou com o apoio do Conselho de Saúde de Ouro Preto e da prefeitura. A iniciativa faz parte da RedesFito, um modelo organizacional institucionalizado pela Fiocruz, que promove o desenvolvimento de fitomedicamentos, fitoterápicos e fitoprodutos no Brasil.
A RedesFito reúne redes em diversas regiões do país, conectando pesquisadores, gestores públicos e outros setores para fortalecer os Arranjos Ecoprodutivos Locais (AEPLs) — grupos que produzem esses produtos de forma sustentável, garantindo inovação e valorizando a biodiversidade brasileira.
Em Ouro Preto, o Núcleo compartilha desses objetivos e trabalha para criar políticas públicas que viabilizem o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos no SUS, além de preservar os saberes tradicionais da população ouropretana. A organização criou uma página no Instagram para a divulgação de novidades e próximos passos (www.instagram.com/sinanduba).
O que são fitoterápicos?
Um fitoterápico é um produto obtido a partir de plantas medicinais. Eles podem estar disponíveis na forma de comprimidos, cápsulas, xaropes, cremes, entre outras apresentações.
Uma planta é considerada medicinal quanto contém em suas partes, como folhas, flores ou raízes, substâncias com propriedades medicinais que contribuem no tratamento ou alívio de doenças, sintomas ou condições de saúde.
O Brasil conta com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovada por meio do Decreto Nº 5.813, em 2006, que garante acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta à população, atualmente, doze medicamentos desse tipo. Eles constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename, documento que norteia profissionais de saúde para a prescrição de medicamentos.