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A lista – um convite à reflexão

Em 1999, Oswaldo Montenegro, meu eterno ET, compôs a música “A lista”, onde canta “faça uma lista de grandes amigos. Quem você mais via há dez anos atrás? Quantos você ainda vê todo dia? Quantos você já não encontra mais?”

A canção foi lançada em 2001, em álbum do mesmo nome, e ainda é lembrada por muitos.

Passados 24 anos, as perguntas continuam válidas. Onde andam nossos amigos de dez anos? Se voltarmos à época da música, considerando que se passaram duas décadas, seriam amigos de mais de trinta anos. Dificilmente ainda vemos algum todo dia, e com certeza muitos não encontramos mais. Alguns talvez nem estejam mais entre nós.

Feliz de quem vive a benção de ter amigos. Amigo não é colega, ainda que colegas também tenham o seu valor em nossa vida. Todos têm o seu mérito, mas a importância de um amigo verdadeiro só consegue avaliar quem o tem.

Oswaldo Montenegro continua: “ Faça uma lista dos sonhos que tinha. Quantos você desistiu de sonhar? Quantos amores jurados prá sempre? Quantos você conseguiu preservar?”

Em dez anos muitos sonhos e amores podem acontecer em nossa vida. Desistir do sonho ou preservar o amor não é tarefa fácil, depende de tantos fatores…. É muito bom sonhar, e amar melhor ainda, mas tudo pode acabar, e precisamos estar preparados. Enquanto vivemos o momento, que ele seja o mais real e intenso possível, mas, se por alguma razão alheia à nossa vontade não for mais possível, a vida precisa continuar.

Às vezes, abdicar-se de um sonho, por mais difícil que seja, pode ser o caminho para uma realização maior. Acreditar e lutar por ele é importantíssimo, só sonha quem tem esperança e esperança é o que nos move para um futuro melhor. É difícil, mas quando se torna necessário é igualmente importante entender que não era prá ser. Entendendo isto, seguimos adiante, sem maiores sofrimentos e prontos para a realização do que pode ser, abertos a novos sonhos que também podem chegar.

A canção segue com perguntas e questionamentos sobre o que pode acontecer, durante o tempo, com nossas amizades, amores, ideias e como reagimos a isto, e, após reflexões muito pertinentes, termina com uma pergunta mais reflexiva ainda. Ele diz: “Quantas pessoas que você amava, hoje acredita que amam você?”

Esta pergunta remete a muitas questões. Realmente, será que quem amamos ao longo da vida, ainda nos amam hoje? Vale pelo outro lado também: quantas pessoas já amamos e não amamos mais?

“A lista” continua fazendo sucesso após todo este tempo porque expõe dúvidas pertinentes a todos nós, e não tem como não nos fazer pensar. Mais do que uma bela música é um convite à reflexão. Reflitamos.

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