Em primeiríssimo lugar, a tese de que há dois papas, simultâneos e genuínos, é intrinsicamente herética.
Do ponto de vista histórico, resumo os gravíssimos efeitos teológicos suscitados, a um só tempo, por Francisco I e Bento XVI.
- Afirma-se que Francisco I – herege devido principalmente à referida bicefalia petrina – destituiu a si mesmo da Cátedra de São Pedro.
- Assim sendo, Bento XVI é o papa porque ainda continua se apresentando como tal especificamente ao mundo católico.
- Mas, em sentido contrário, alega-se que ele efetivamente renunciou ao papado e, por razões nebulosas, aceitou o polêmico rótulo de “papa emérito”.
- Com base nos argumentos figurados anteriormente, fala-se também que ambos são, hoje, falsos papas.
Bem entendido, registro imparcialmente essas contraditórias e até apocalípticas opiniões, de altos escalões do clero, dentro e fora do Vaticano.
Isto posto, qual será a solução final da crise focalizada e capaz de esfacelar a Estrutura Eclesiásticas?
Antes, a Igreja sofrerá uma sexta-feira da paixão, semelhante à do Divino Redentor.
Dias excessivamente duros lhe aguardam e, note-se bem, com reflexos inevitáveis na sociedade temporal.
Quem viver, verá.