Na iminência de ser declarada ilegal pela justiça, a greve dos servidores tecno-adminitrativos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) chega ao conhecimento da Câmara Municipal de Ouro Preto
Na terça-feira, 2, os integrantes do Comando de Greve da Asssufop buscaram apoio dos vereadores e levaram suas reivindicações ao legislativo, que propôs a realização de uma Audiência Pública para debater o impasse. O encontro contará com a participação de representantes das instituições federais de ensino do Estado e de deputados estaduais e federais.
A proposta foi apresentada pelo vereador Flávio Andrade (PV). “Como servidor licenciado da UFOP, sei da importância do funcionamento pleno dessa instituição em prol da sociedade”, destaca. Os líderes do movimento na Ufop ocuparam a tribuna para criticar a política salarial do governo federal. “Nossa pauta de reivindicações se arrasta desde 2007, onde tivemos a celebração de um acordo que até hoje não foi cumprido pelo governo. Nossa única alternativa foi aderir à greve, já que não temos nenhuma perspectiva de reposição salarial. Hoje, os servidores em educação têm o pior salário do funcionalismo federal”, diz Luiza de Marillac, presidente do Sindicato dos Trabalhadores tecno-administrativos da Ufop (Assufop). Segundo o presidente da Câmara, Maurílio Zacariais, “a audiência ocorrerá o mais rápido possível, haja vista a legitimidade do movimento”.
Durante o encontro, o integrante do comando de greve, Hilton Timóteo, comentou a ação ajuizada na semana passada pela Advocacia Geral da União (AGU) que pedira a ilegalidade e sanções às paralisações. “Mesmo diante das tentativas de criminalização e truculência do governo, nosso movimento não se enfraquecerá”, frisou o dirigente sindical. Entre os dias 9 e 11 de agosto, a Assufop e os demais sindicatos vinculados à Fundação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Federais Brasileiras (Fasubra) realizarão manifestações e acampamentos na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Na segunda-feira, 1º, foi a vez dos servidores dos Institutos Federais entrarem de greve, o que implicou a paralisação da prestação de serviços essenciais no campus Ouro Preto.