A restauração da antiga estação ferroviária de Miguel Burnier, distrito localizado a 40km da sede de Ouro Preto, está em fase final. A primeira etapa da revitalização, que envolve o prédio da estação e a velha caixa d’água (utilizada para reabastecer os trens movidos a vapor) começou em abril e está prevista para terminar no início de setembro.
Os prédios da estação ferroviária fazem parte da história e da formação do distrito, contudo estavam abandonados e depredados pela ação do tempo e do vandalismo. A situação mudou em dezembro de 2009, com a assinatura de um termo de compromisso para a proteção e a preservação dos bens ferroviários, que passou a gestão das edificações ao Município.
Dessa maneira, todo o conjunto ferroviário foi tombado como patrimônio histórico e cultural e passou a ser estudado para o desenvolvimento de um projeto que restaurasse e desse uma destinação sociocultural ao local.
Nos planos para a estação, foram acrescentados banheiros, uma biblioteca, uma sala, onde serão realizados os ensaios da banda, e uma cantina, da qual a maioria do dinheiro arrecadado será utilizado para manter o prédio conservado.
A revitalização também incluiu a pintura de toda a fachada e a instalação de novas partes hidráulica, elétrica e de um sistema de proteção de descarga atmosférica (SPDA). Além disso, houve também a restauração de todos os cômodos, mantendo os aspectos originais dos pisos, forros, das portas, janelas e fechaduras, reaproveitando tudo que não foi perdido na época de abandono.
Segundo Maria Cristina Cairo, Assessora Especial de Patrimônio e Urbanismo, a segunda parte da revitalização contemplará os prédios que abrigam o antigo dormitório e a oficina. Ela comentou, ainda, que essa etapa não tem data de início, pois ainda está em fase de captação de recursos.
A obra é uma realização do Governo Federal, com a parceria da Prefeitura de Ouro Preto. Ambos destinaram, aproximadamente, 900 mil reais para a conclusão do trabalho.
