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Prato dos Inconfidentes revela vencedores de concurso gastronômico promovido pelo IFMG

Prato dos Inconfidentes revela vencedores de concurso gastronômico promovido pelo IFMG

“Sapecada dos trouxas” (Bar da Nida) e “Capuchinho à moda Ouvidor” (Casa do Ouvidor) foram os vencedores da primeira edição do concurso “Prato dos Inconfidentes”, promovido pelo curso de Gastronomia do IFMG – Campus Ouro Preto. A competição, realizada entre bares e restaurantes ouro-pretanos, teve como propósito valorizar a gastronomia mineira em suas especificidades, além de colocar em evidência os empreendimentos gastronômicos da cidade.

Divididos em duas categorias – pratos e petiscos –, os concorrentes precisaram apresentar em suas criações, como ingrediente obrigatório, pelo menos uma Planta Alimentícia não Convencional (PANC). A primeira etapa consistiu em uma avaliação popular das preparações inscritas e incorporadas ao cardápio dos estabelecimentos. Na final, realizada no Campus, representantes dos bares e restaurantes mais bem colocados prepararam seus pratos e petiscos para degustação de uma banca formada por Luciano Avellar (Chef Senac/MG), Gustavo Sampaio e Maria Emília Mendes (gastrônomos formados pelo IFMG) e Cristiana Andreoli e Asdrúbal Vieira Senra (professores do curso de Gastronomia).

Vanilda Cláudia Alves, do Bar da Nida, conta que seu quintal serviu de inspiração para o petisco vencedor: “Nele tem urtiga, então resolvi trabalhar com essa planta. Mas ela ‘sapeca’ um pouquinho a gente ao apanhá-la. Como o concurso se chama Prato dos Inconfidentes, fiz menção à Inconfidência Mineira e à traição dos ‘trouxas’ ao movimento”. Elaine Aparecida Alves, da Casa do Ouvidor, explica como foi a criação de seu prato: “Pesquisei sobre as PANCs e descobri que existem várias plantas que podemos comer e estão ali, pertinho de nós. Minha proposta foi uma massa ao pesto feito com folha de capuchinho. A carne precisava de um molho bem saboroso, então utilizei as flores e criei uma geleia. O que me inspirou foi saber que as pessoas comeriam e avaliariam um prato feito por mim com muita pesquisa e amor”.

Na opinião da jurada Maria Emília Mendes, a temática escolhida para a competição foi uma oportunidade para que os clientes conhecessem novos sabores: “Estamos passando por essa transição na gastronomia e redescobrindo essas plantas. É realmente preciso valorizar o pequeno produtor e a comida de quintal, que tem tudo a ver com Minas”. Os benefícios do concurso foram destacados por Avellar, presidente do júri: “Tenho só a parabenizar o IFMG e a equipe organizadora. O evento promovido leva motivação para os estabelecimentos, incentivando-os a sempre buscarem capacitação e aprimoramento das técnicas, o que reforça a responsabilidade educacional da Instituição”. A professora Luanda Batista, que orientou os alunos do curso de Gastronomia na organização do concurso, concorda: “A troca foi maravilhosa. Os concorrentes puderam conhecer nossa estrutura. A participação deles também trouxe contribuições, pois foi possível ver como são criativos, têm conhecimentos interessantes das técnicas e da cozinha tradicional”. Além da premiação para os vencedores, os estabelecimentos inscritos receberam garantia de matrícula em um curso de Formação Inicial e Continuada na área de Gastronomia ofertado pelo Campus.

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