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Mato alto incomoda moradores da sede e distritos em Ouro Preto

Mato alto incomoda moradores da sede e distritos em Ouro Preto

Ao circular pelas ruas de Ouro Preto é possível notar o mato alto que toma conta de ruas, calçadas, canteiros e até mesmo parques. Não só na sede, o problema também é recorrente nos distritos, o que incomoda e causa grandes transtornos a moradores. O assunto vem sendo tema de muito debate entre a população e também entres os vereadores de base e oposição.

Há meses, moradores reclamam dos transtornos que a falta de capina tem causado. “Não posso levar meus filhos para brincar no parque aqui do bairro, pois o mato é muito e temos medo de bichos peçonhentos. Não podemos ter nem um momento de lazer. É muita falta de respeito”, declara uma moradora da Vila Operária. “Na porta da minha casa já chegamos a matar uma cobra. Tivemos que tirar o mato nós mesmos, pois o perigo é constante, não dá para esperar a boa vontade da prefeitura”, discorre um morador de Cachoeira do Campo.

No Legislativo, não só o serviço de capina, mas também o da coleta de lixo tem sido alvo de debates entre os edis. No início do mês, o presidente da Câmara, vereador Wander Albuquerque (PDT) solicitou dados quanto ao valor e às medições dos contratos de coleta de lixo, capina e varrição, bem como cópia do termo de referência, do processo de licitação e do contrato com a empresa.

Desde o início do ano, os vereadores, por meio de requerimentos e representações, vem solicitando ao Executivo serviços de capina. Já na reunião da terça-feira (27) o assunto foi bastante discutido, e desta vez com abordagem da capina já realizada no Centro histórico. O vereador Marquinhos do Esporte (SD) fez uma representação, a ser encaminhada ao Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental de Ouro Preto (Codema), Antenor Rodrigues Barbosa. “Nós queremos saber se está ocorrendo capina química na cidade com anuência do Codema, sem que a empresa responsável apresentasse o plano de trabalho ou laudo técnico do produto que está sendo utilizado, como manda a Lei, no Artigo 2º da Lei Municipal Nº 324, de 23 Março de 2007 ”, pontuou o vereador. “Lamentável. Total falta de respeito e consideração com a nossa população. Para onde estão indo os quase R$1 milhão mensais pagos à Empresa Quatum para fazer os serviços de capina e limpeza no nosso município?”, questionou a vereadora Regina Braga (PSDB).

Os vereadores de base não acreditam se tratar de produtos químicos. “Eu ainda não tenho certeza que é um ato criminoso e quando tiver, podem ter certeza que tomarei providências, como o fiz da outra vez”, afirmou o edil Chiquinho de Assi (PV) se referindo a denúncia realizada na última gestão, quando na época, a capina química era realizada de madrugada, também no Centro histórico. Já o vereador Geraldo Mendes (PCdoB) não acredita que “seja química. Estive perto de onde realizaram a capina e não senti nenhum cheiro químico e mais, se fosse e algum pássaro tivesse morrido, essa foto já estaria circulando”.

“Quem conhece a história do professor Barbosa, sabe que ele não seria a favor se realmente tivesse alguma questão contrária. O tema será debatido pelo Codema na próxima reunião, que acontece no dia 6 de abril, e assim esperamos que seja resolvido”, resguardou o presidente da Casa, Wander Albuquerque.

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