“Brasil em Foco”, proposto pela Assufop, quer discutir as perspectivas do país com os presidenciáveis 2018
Sob o objetivo de “discutir a conjuntura política, social e econômica do país e ampliar o diálogo com os pré-candidatos à presidência do Brasil”, o Sindicado dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFOP (Assufop) promoveu o 1º Ciclo de Debates – “Brasil em Foco”. O primeiro a participar do evento, que lotou o Teatro Ouro Preto, no Centro de Artes e Convenções na noite da segunda-feira (16) foi o pré-candidato Ciro Gomes (PDT).
Antes de iniciar o debate, Ciro respondeu as perguntas dos jornalistas. Um dos questionamentos foi sobre a última pesquisa da Data Folha, divulgada no domingo (15), em um cenário onde o ex-presidente Lula não é considerado, o pré-candidato aparece empatado com os outros pré-candidatos, Joaquim Barbosa (PSB) e Geraldo Alckmin (PSDB) em terceiro lugar. Ciro acredita que ainda é cedo para estabelecer tendências. “Há três meses o Luciano Hulck é quem ocupava essa posição, depois foi o Doria e agora o Joaquim Barbosa. Nós só teremos de fato ciências nessas pesquisas, por volta de julho. E em qualquer cenário, por bem ou por mal, ódio ou paixão, a possível candidatura do ex-presidente Lula vai balizando o debate no Brasil até no momento”, enfatizou Ciro Gomes.
Sobre uma possível eleição sem Lula, Ciro foi questionado de como fará para herdar os votos da esquerda. “Eu quero defender um projeto de centro-esquerda. Não sou um candidato da esquerda. Sou o que sou, tenho um passado político e tenho minha posição. O momento pelo qual o Brasil passa é grave, é complexo, por isso precisamos fazer ampla aliança entre os interesses práticos de quem trabalha, que é a classe trabalhadora, a mais sofrida de todas; e o interesses da produção, que é por onde nós tentaremos fazer o Brasil retomar o desenvolvimento. O que vai galvanizar esses votos é basicamente o conteúdo da proposta e o exemplo”, defendeu o pré-candidato.
O debate contou com uma apresentação do ex-ministro, que passou por um breve enredo da história do Brasil moderno, com suas significativas crises, até o os dias atuais, antes de responder-se às perguntas do público presente, sob mediação do técnico-administrativo da UFOP, Rondon Marques Rosa.
O presidente do Sindicato ASSUFOP, Sérgio Neves, destacou a importância de debater a situação do Brasil e conhecer as propostas dos candidatos à Presidência da República. “Nós vivemos uma conjuntura política complicada no país, e nesse momento que as eleições se aproximam, é importante discutir seriamente o futuro do país, debater e ouvir as pessoas que têm propostas”, disse. Sobre a superlotação, que excluiu algumas pessoas da apresentação, o presidente do Sindicato se disse surpreso. “Não imaginava, pois dada a situação que estamos vivendo, o desinteresse com a política é muito grande. É sinal de que o povo está interessado em discutir e aprofundar o debate” completou.
Sergio ainda pontuou que há interesse de debates com outros candidatos, e que já há conversas para agendamentos para os próximos encontros como Marina Silva (Rede) Guilherme Boulos (PSOL) e Manoela D’Ávila (PC do B).
Currículo
Ciro Ferreira Gomes nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo, em 1957, mas fez sua carreira política no Ceará. Formou-se em Direito na Universidade Federal do Ceará e cursou economia em Harvard, nos Estados Unidos. Ciro foi prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador, duas vezes ministro e candidato à Presidência da República.
Lula pré-candidato
O Partido dos Trabalhadores (PT) mantém a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso desde o dia 7 de abril. Nas pesquisas do instituto Data Folha ele continua sendo pré-candidato com altos índices de intenção de votos para a eleição de outubro. A candidatura de Lula pode ser lançada com ele em regime fechado, mas ainda precisaria ser avalizada pela Justiça Eleitoral para se tornar oficial.