Novamente, o período de chuvas chega a Mariana e com ele um visitante mais que indesejado, o Aedes aegypti, causador da dengue. Novamente, também, está o esforço da Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Epidemiologia e Zoonoses, em continuar a alertar a população sobre os perigos da água parada. Somente em janeiro de 2011, quatro casos suspeitos já foram registrados em Mariana.
As ações de controle já realizadas pela Secretaria de Saúde vão desde inspeções domiciliares, atividades de levantamento de índices de contaminação, eliminação de criadouros, através das visitas, até campanhas publicitárias e panfletárias que informam a população sobre os riscos do transmissor. Em 2011, o Departamento irá focar seu trabalho na conscientização popular, ferramenta essencial no combate ao mosquito.
Entretanto, essa conscientização esbarra na falta de prática das ações que são passadas. A população tem a informação correta, mas não faz o básico para solucionar o problema. Por isso, neste ano, a abordagem do assunto se dará nos meios de comunicação, nas escolas, nas associações de bairros e nos demais pontos em que a informação possa ser transmitida em massa, de forma eficaz. “A mobilização para a participação comunitária na mudança definitiva de hábitos e de comportamento é uma ação essencial e necessita ser permanente”, afirma Ana Vitória, coordenadora de Vigilância em Saúde.
Outro obstáculo presente no combate à dengue é o êxito no programa de fiscalização. Em muitos casos o imóvel encontra-se fechado. Nesta situação, a equipe deixa um cartão avisando da visita com um telefone, assim, o proprietário do imóvel pode ligar e agendar a vistoria em um horário acessível para ele. Outra barreira é a recusa em permitir que o vigilante entre na propriedade para examinar possíveis focos. Ana Vitória afirma que todos os profissionais da força-tarefa de combate à dengue são devidamente uniformizados e têm crachás de identificação, com nome e foto.
Em 2010, três bairros foram registrados como os de maior número de casos em Mariana: Colina, Rosário e Barro Preto. Já no início deste ano, dois bairros estão em situação de perigo, com 2% de risco: Santana e Cartuxa (o índice máximo informado pelo Ministério da Saúde é de 1%). É necessário então um trabalho em conjunto entre a Secretaria de Saúde e a população. Esta, por sua vez, pode ligar para o número 3558-2653 e agendar uma visita do “combatente”.
Com isto, a Secretaria de Saúde e o Departamento de Epidemiologia e Zoonoses somarão parceiros na luta contra o Aedes aegypti, firmando, como compromisso, combater o mosquito transmissor, atender e encaminhar a exame o paciente com suspeita e diagnosticar e acompanhar o caso pelo tempo que for necessário.