Com poucos projetos na pauta, a Câmara de Mariana aproveitou a palavra livre da 18ª reunião ordinária, de segunda-feira, 6, para levantar questionamentos em relação à saúde. Os edis foram quase unânimes quanto a baixa qualidade do transporte de pacientes do município por intermédio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e cobraram explicações do executivo no tocante à saída “misteriosa” do cardiologista José Carlos da Costa Zanon. Além disso, a defasagem salarial de algumas especialidades, entre outros assuntos, como a atual política de assistência farmacêutica, foram destaque. O secretário de Municipal de saúde, Dr. Márcio Galvão, foi convocado a comparecer na próxima semana. Segundo os vereadores, existem “médicos em Mariana com remuneração acima dos demais colegas de profissão”.
O vereador Juliano Vasconcelos (PPS) argumentou que há defasagem salarial dos profissionais de psicologia, fisioterapia, terapia, dentre outros, e afirmou que medidas estão em andamento para resolver a questão. “Esses profissionais recebem baixos salários, mas com o novo Plano de Carreira que será encaminhado a esta Casa teremos, com certeza, acordos mais justos”, afirmou. Já Marcelo Macedo (PSDB) disse que os munícipes encontram dificuldades ao buscarem atendimento fora de Mariana. “Os profissionais do transporte são mal remunerados e os veículos não atendem os pacientes em tempo hábil. Precisamos de mais qualidade nesse serviço”, afirmou. O presidente Fernando Sampaio (PR) delegou o caso à Comissão de Saúde, formado pelos vereadores Juliano, Bruno Mol e Marcelo Macedo. “Um relatório sairá no máximo em 20 dias, mas já na próxima semana ouviremos o Dr. Márcio, quando os edis e a população terão a oportunidade de ficar a par desses problemas”, diz Sampaio.
Ainda durante a reunião Bruno Mol (PSDB) aproveitou para cobrar do prefeito Geraldo Sales de Souza, o Bambu, “o pagamento dos dias parados aos servidores que estiverem em greve”. “Nosso funcionalismo encontra-se desmotivado e, se isso se concretizar, podemos perder ainda mais servidores”, considerou o edil. Já as obras do município preocupam a vereadora Aída Anacleto. Segundo ela, há em Mariana obras inacabadas, com altos investimentos, como a Passarela de Passagem de Mariana, o Centro Olímpico, a destilaria de álcool e a Avenida João Ramos Filho. “Vamos levar as respostas dos requerimentos do executivo ao Ministério Público, haja vista que empresas (contratadas) ainda não terminaram obras e a população quer uma resposta o mais rápido possível”, destacou Aída.