O secretário do Meio Ambiente, Marcelo Albano de Morais, compareceu a Câmara para explicar sua ida ao 6º Fórum da Água em Marselha, na França. Essa visita ao exterior é questionada continuamente pelos vereadores. Dessa forma, o membro do Executivo foi chamado a Casa para esclarecer a importância de tal participação. Uma vez que, como coloca a edil Aída, “porque participar desse Fórum internacional, uma vez que aqui nós tivemos vários, inclusive em Ouro Preto”?
Conforme consta nos slides da apresentação da justificativa, “o objetivo é participar das discussões a respeito da sensibilização das comunidades mundiais sobre a importância da gestão eficiente de recursos hídricos e também da definição, por parte dos governantes, de políticas e recursos financeiros que permitam a universalização da água potável e do saneamento básico”, explica Marcelo Albano.
Durante a presente reunião da Câmara, questões como a devolução do dinheiro a União do ICMS Ecológio foram levantadas. Mariana recebeu do governo uma verba para manter cuidados com o meio ambiente. Entretanto, com o descaso no tratamento da água, essa quantia deverá ser devolvida ao Governo Federal.
Ainda com relação a água, o secretário do Meio Ambiente afirmou que “não há tratamento de água em Mariana”. Questionou: “clorar água é tratamento”? Nesse momento, a vereadora Aída observou que: “se for ver, nem é clorada”. A edil também demonstrou sérias insatisfações com relação à maneira como o município trata dessa questão: “já se gastou mais de 60 milhões e tomamos água com caramujo e coliformes fecais”. Complementa: “coliformes fecais: caldo de cocô”.
Durante reunião, se constatou ilegalidade em contratos com empresa
Durante a reunião vários problemas relacionados à implementação do aterro sanitário, à coleta do lixo e da reciclagem foram constatados. Tanto o secretário do Meio Ambiente, Marcelo Albano, quanto o de Obras, Cláudio de Pietro tiveram que dar explicações.
Conforme o relatado pelo vereador Fernando Sampaio, o contrato com a empresa Terrayama, empresa responsável pela manutenção do aterro, estaria em situação irregular. O secretário do Meio Ambiente confirmou que o documento “estava” em situação de ilegalidade e que diante das afirmações teria que acabar “concordando” com o edil. Este, por sua vez, indignou-se: “se você sabe que é ilegal, então não pode continuar”.
Em relação à coleta, a vereadora Aída ainda afirmou que “não se cumpre o horário do recolhimento do lixo. Qualquer cidadão acha que há um descaso”. Claudio Di Pietro respondeu que a Camar, associação responsável por coletar os resíduos, “está sobrecarregada” e que “há um estrangulamento em razão do acúmulo de material”.